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Boas práticas e Mudanças Climáticas são destaque no 2° dia de Seminário Nacional

No segundo dia do “Seminário Nacional do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental – Avanços e Desafios durante e pós-pandemia”, duas dimensões presentes no trabalho de articulação que o fórum faz o ano inteiro estiveram presentes: atualizar as pessoas na compreensão das causas e efeitos das mudanças climáticas e o reconhecimento da força e criatividade das iniciativas sociais.

Pela manhã, os cerca de 100 participantes tiveram a oportunidade de refletir sobre o que o convidado Alexandre Costa caracterizou como emergência climática. Segundo Costa, o tempo para enfrentarmos as causas das mudanças climáticas está diminuindo, precisamos cortar pela metade nossa emissão de gases de efeito estufa até 2030. Para isso, precisamos mudar radicalmente o sistema dominante, petroleiro, consumista e focado no agronegócio. “Precisamos de uma mudança sistêmica, profunda, alterar o próprio capitalismo”, alertou Marcos Arruda, um dos palestrantes da manhã de debate.

A emergência sanitária também foi ponto de pauta. Se por um lado, a pandemia nos mostrou que é possível diminuir a nossa emissão e consumo, por outro lado, evidenciou os riscos da nossa forma de vida de exploração desmedida do planeta, que favorece o aparecimento de  novos vírus e, consequentemente, novas pandemias.

À tarde, as regiões brasileiras foram convidadas a destacar as boas iniciativas populares que buscam conviver e até recuperar os biomas. “Nestas boas práticas estão presentes a resistência, a desobediência àquilo que o sistema dominante diz que seria o lógico e também os caminhos para novas possibilidades”, afirmou Ivo Poletto, membro do grupo executivo do FMCJS.

Uma das propostas levantadas foi a de articular as pessoas e comunidades que têm práticas do mesmo tipo em várias regiões brasileiras. “Precisamos criar eixos de resistência, nos articular pelas lutas em comum”, sugeriu Rafaela Dorneles, do Rio de Janeiro. “Ao melhorar a comunicação dessas boas práticas, incentivaríamos as pessoas a entrarem neste caminho de construção de um outro tipo de sociedade, uma sociedade pós-capitalista”, concluiu Poletto.

O encontro segue até sexta-feira. Amanhã, os participantes farão uma avaliação da atuação do FMCJS nos âmbitos local, regional, nacional e internacional.

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