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1° Encontro Jovem de Palhoça, SC do FMCJS

No dia 13 de novembro na aldeia Yakã Porã na Enseada de Brito, Palhoça, aconteceu o 1° Encontro Jovem de Palhoça do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental

Em meio a natureza, na beira da cachoeira da aldeia se reuniram jovens de diversos locais e setores: EEB Ivo Silveira, Praia de fora, aldeia Yakã Porã, Tekoa Porã Biguaçu, UNISUL, Ocupação nova esperança, UFSC e demais convidadas(os) que participaram para fortalecer o encontro e trocas de experiências e vivências.

Foto Milena Leal

A atividade iniciou com as Boas-vindas da comunidade, feita por Gelson Gomes.

Logo em seguida tivemos a contribuição do Prof° de Oceanografia da UFSC Paulo Horta que iniciou sua fala trazendo a importância da preservação da floresta e do oceano e abordou sobre a crise climática que vivemos hoje, aquecimento do planeta, poluição da atmosfera pelas indústrias e agronegócio.
Apontou a preocupante absorção dos gases de efeito estufa que vão parar nos Oceanos, poluição e aumento do nível do mar.

Lembrou a importância do modo de vida povos originários na preservação, cuidado e manutenção da vida na terra.

Depois o Diretor da EEB Ivo Silveira Adriano Curcio começou sua fala trazendo um pouco de sua trajetória como ambientalista e afirmou a importância da juventude no processo de restauração ambiental tão necessária no planeta.

Relatou diversos projetos como limpezas de praias, horto florestal e conscientização ambiental na escola.

Na segunda roda de conversa o dialogo foi aberto pela Cacique Eliara Antunes que trouxe a vivência Guarani no cuidado e respeito a natureza, lembrou que a juventude indígena cresce sabendo manusear, cuidar e proteger a mãe terra e que a forma de organização dominante da sociedade atual traga pelos europeus prioriza o dinheiro, não há vida e o respeito com as pessoas e os seres vivos do planeta.

O jovem Julian Goj do povo Kaingang do município de Tamarana no Paraná trouxe reflexões sobre a importância da natureza e emocionou os participastes com dois cantos tradicionais de seu povo.

Adreia Nunes da Pastoral dos Pescadores trouxe a importância da pesca artesanal e seus saberes no que se refere a proteção do litoral e como a poluição, especulação imobiliária e desmatando prejudica essa atividade tão importante.

No grupo jovem das praias foi retirado que em fevereiro vamos realizar a reunião para elaborar a iniciativa de limpezas das praias, plantio de manguezais e restingas, trazendo para articulação grupos que já fazem essas ações para unificar o processo de limpeza do litoral.

No grupo de jovens indígenas foi elaborado a necessidade do intercâmbio dos saberes e modo de vida nas escolas de Palhoça, assim vamos articular palestras e oficinas no tema ambiental e respeito aos povos originários na rede pública e particular de ensino.

Incentivar a produção dos produtos, artesanatos e plantio das aldeias e articular espaços para venda na Palhoça.

Criação de uma cartilha para orientar apoiadores saberem como fazer as doações, pois muitos objetos, eletrodomésticos chegam estragados criando acumulo de resíduos nas aldeias.

No grupo de jovens estudantes foi aprovado a criação de ações de interação dos estudantes da unissul através do plantio de plantas medicinais, cultivo de mudas das árvores dos manguezais e da mata atlântica no horto da EEB Ivo Silveira.

Logo depois foi realizado a ação de reflorestamento com o plantio de mudas nativas e arvores frutíferas na aldeia Yakã Porã.