Crônica Projeto Rio Três Barras
Esta crônica e as fotos foram produção de comunicação dos comunicadores populares Marcos Daniel Chaves e Wilson Luis Corrêa, participantes do Processo de Formação Continuada e Multiplicadora do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental.
Em 2.017, o nosso amigo Wilson Luís Corrêa, ficou sabendo do evento e fez o convite, para participar de um seminário no qual, sabíamos se tratar sobre águas e proteção ambiental, ficamos muito envolvidos no processo. Estávamos em apenas três amigos; e aqui do planalto norte de Santa Catarina, apenas a cidade de Três Barras. Desde então resolvemos desenvolver um trabalho em defesa dos rios e nascentes, e matas ciliares em três barras, o qual o denominou Projeto Rios Três Barras, em consistência com o já existente Projeto Rios.
Entretanto, ali começaram as dificuldades, nós pensávamos que por ser uma cidade pequena teríamos um grande êxito em nosso trabalho, já que possui apenas 19.000 habitantes, mas infelizmente vimos nossos “sonhos ir água baixo” e descobrimos o grande poder do capital, e que as empresas presentes em nossa cidade, não gostariam muito de nosso trabalho. Escrevemos o projeto e fomos atrás de recursos, comunicamos polícia ambiental, órgão o qual a gente descobriu de forma muito triste, que só serve para gerar mídia, e defender seus próprios interesses e interesses dos estaduais eleitos, já que não apoiaram em nada e nem se quer deram qualquer incentivo; por consequência, assiduamente procuramos a prefeitura da cidade de Três Barras, por varias vezes e tivemos as portas fechadas, o que nada nos surpreendeu já que a prefeitura e a polícia ambiental e que fazem a liberação para corte de madeira e fornece as informações necessárias para corte “legal” de arvores e extinção de nascentes.
Mas não desistimos persistimos, e decidimos ir atrás de grandes empresas, que são “amigas da natureza”, no entanto disseram que gostaram do projeto, mas por algum motivo nunca retornaram. Mas como Deus é grande e ele tudo sabe, fomos apoiados por uma empresa da cidade vizinha que nos forneceu 180 mudas de varias espécies nativas de nossa região. Então divulgamos em nossa comunidade e mobilizamos nosso pequeno bairro, onde as crianças de outros projetos nos apoiaram como projetos jovens craques de futebol, crianças do projeto esperança Irmã Cleudes Maria Tozatti, e moradores do bairro São Cristóvão, nosso bairro.
Marcamos um dia e tudo correu perfeitamente, foi uma festa de mudas de árvores, em meio a tantas perguntas de nossas curiosas crianças, querendo saber tudo a respeito de árvores, como se planta foi emocionante, poder compartilhar o pouco que sabemos sobre a natureza e a mãe terra. Todos os domingos de folga íamos limpar e coroar as mudas, o que nos não esperávamos que mesmo ciente da nossa plantação e restauração ambiental ao redor do córrego que escolhemos para plantar, a prefeitura em um ato covarde cortou todas nossas árvores, talvez por achar se tratar de algum tipo de ato político.
No entanto de La pra Cá viemos tentando achar outros meios mais eficientes de manter nosso trabalho na comunidade, mesmo sem apoio das empresas, que vivem exclusivamente do extrativismo, como: madeireira, e indústria papeleira que domina a região e tem todo apoio dos órgãos públicos, que vivem em apenas da defesa do capital da nossa região.