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Seminário na Amazônia abre caminhos para o debate sobre autonomia energética das comunidades com energia mais limpa

O Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social, a Frente por uma Nova Política Energética e entidades da Articulação pela Convivência com a Amazônia – ARCA, com o apoio da Misereor e do Fundo Socioambiental CASA, estão promovendo um seminário durante todo o dia 27 de março, em Manaus, visando o intercâmbio de práticas de resistência aos grandes projetos de energia poluidora. O tema central é a geração de formas novas de geração de energia com fontes renováveis e com participação das comunidades. Segundo Ivo Poletto, animador do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social, “Está sendo um  espaço de intercâmbio, aprendizagem e estímulo para a multiplicação de iniciativas de geração de energia que sejam também construção de comunidades amazônicas de Bem Viver, com relações de cooperação entre as pessoas e de harmonia com a Mãe Terra.” 

Participantes do Seminário ENERGIAS RENOVÁVEIS JUSTAS FRENTE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS PANAMAZÔNICAS

O seminário conta com a participação de representantes de Fóruns irmãos do Peru, Bolívia e Alemanha que constituem o Grupo 3+1, comprometidos com a promoção de matrizes energéticas novas, que tenham como base as fontes renováveis e com produção descentralizada e sob controle das comunidades de energia em seus países. Espera-se avançar na transição da geração de energia em toda a Amazônia. “Só dessa forma a floresta, os rios e a biodiversidade deste bioma serão preservados, e com isso, teremos garantida a bomba de água que leva chuvas e vida para todo o país e toda a América do Sul através dos rios voadores.” Completou Ivo Poletto.

Do encontro não participam as grandes empresa ligadas à energia. “Para elas, as águas dos rios, o diesel, o gás, o carvão, o vento e o sol não passam de recursos a serem apropriados e utilizados para produzir uma mercadoria de grande valor, a energia. Os povos, comunidades e pessoas são encarados como consumidores da preciosa mercadoria que vendem. E os rios, os ribeirinhos, a biodiversidade são apenas forças a serem submetidas ao seu poder para que não impeçam o alcance de seus objetivos de lucros e poder.” Também segundo Ivo Poletto.