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Lâmpadas artesanais de LED são fabricadas durante oficina para agentes eletricistas comunitários do Projeto Tapajós Solar

“As atividades aconteceram nos dias 2 a 4 de agosto em Santarém”

O Projeto Tapajós Solar coordenado pelo Movimento Tapajós Vivo promoveu nos dias 02 a 04 de agosto em Santarém, oeste do Pará, mais uma oficina pedagógica dessa vez a atividade foi direcionada aos comunitários e comunitárias para atuarem como agentes eletricistas na instalação e manutenção de placas solares.

A oficina foi facilitada pelo Professor Walmeran Trindade, Doutor em Engenharia Elétrica pela Instituto Federal da Paraíba (IFPB)/Campus João Pessoa e, que também faz parte do Comitê de Energia Renovável do Semiárido (CERSA), um coletivo que promove o uso descentralizado de energia solar na região do semiárido do Nordeste.

Dinamizar o estudo técnico sobre uso de energias renováveis e fazer com que os participantes possam multiplicar os conhecimentos adquiridos para a comunidade foi o objetivo da atividade.   “Está associado a dois projetos que o Movimento Tapajós Vivo vem realizando no sentido de popularizar o conhecimento técnico sobre uso das energias renováveis, principalmente da solar fotovoltaica. Então, a ideia é de uma forma bem objetiva e simples passar o conhecimento para as pessoas de como utilizar essa tecnologia, de produzir eletricidade a partir do sol e também a importância do conceito de eficiência energética”, destacou Walmeran Trindade.

Para Maurenice Matos, representante do Sindicato do Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Belterra (STTR) a dinâmica usada pelo professor foi muito boa. “Maravilhosa a explicação do professor de como a gente pode adquirir as placas, fazer a limpeza e montagem das placas. Foi excelente a oficina”, ressaltou.

Maurenice destacou ainda que essa é mais uma oportunidade que o Projeto oferece para continuar na luta contra as barragens. “Isso é uma aprendizagem a mais pra gente está lutando contra essas grandes barragens que querem instalar na nossa região”.

Uma atividade que chamou bastante atenção dos participantes foi a fabricação de lâmpadas artesanais de LED. Foram utilizadas garrafas PET, fitas LED, alguns componentes eletrônicos e lâmpadas queimadas que foram doadas durante uma campanha nas redes sociais do Projeto Tapajós Solar. 

O passo a passo da atividade era explicado minuciosamente pelo professor para que os participantes pudessem colocar em prática a lição aprendida. 

Participaram da oficina os representantes do Movimento Tapajós Vivo (MTV); CHRONOS (Empresa Junior de Engenharia da Universidade Federal do Pará- UFOPA);  Casas Familiares Rurais (CFR) Belterra, Santarém e Lago Grande; Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – Belterra (STTR); Federação das Associações da Gleba Lago Grande (FEAGLE); Grupo de Defesa da Amazônia (GDA); Centro de Apoio à Projetos Comunitários (CEAPAC); Comissão Justiça e Paz (CJP) e Movimento Pela Soberania Popular na Mineração (MAM).

A oficina foi realizada pelo Movimento Tapajós Vivo por meio do Projeto Tapajós Solar e o Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social em parceria com a Cáritas Brasileira e Ceapac, com apoio do Fundo Socioambiental Casa e Misereor.

Sobre o Projeto Tapajós Solar

O Projeto Tapajós Solar é coordenado pelo Movimento Tapajós Vivo em parceria com o Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social e Cáritas Brasileira, com apoio da Misereor. 

O objetivo central do projeto é promover o uso de energia solar descentralizada na bacia do Tapajós visando mudanças na matriz energética no sentido de evitar a implantação de novas barragens. A produção de energia na região ainda é baseada em óleo diesel e hidrelétricas de grandes impactos socioambientais.

Desde o mês de fevereiro deste ano diversas atividades pedagógicas, e oficinas foram desenvolvidas como forma de sensibilizar as entidades do município de Santarém e Belterra (áreas urbanas e rurais) contempladas com as unidades do Projeto. 

Acompanhe as atividades do Projeto pela página no facebookhttps://www.facebook.com/tapajosSolar/