Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental abre seu Seminário Nacional com avaliação sobre a crise climática.
Começou hoje o Seminário Nacional do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental, em Brasília, no Centro Cultural Missionário. O encontro reúne as 29 entidades membro do Fórum e participantes do Processo de Formação Continuada e Multiplicadora que foram articulados durante o ano. São participantes de todas as regiões e todos os biomas do país.
O seminário foi aberto por uma palestra do climatologista Alexandre Costa, que falou sore os desafios que as mudanças climáticas apresentam à humanidade hoje e no futuro. Entre os dados apresentados pelos cientistas chama a atenção que para termos 60% de chance de não passar dos 1,5 graus de aquecimento, meta do Protocolo de Paris, precisamos parar todas as emissões de gases do efeito estufa dentro dos próximos 10 anos.
Os efeitos do aquecimento serão sentidos em muitas atividades essenciais a vida humana e da natureza. Os primeiros a sofrer são os bancos de corais. Em seguida haverão efeitos sobre a reprodução das plantas, afetando florestas e agricultura, sobre o ciclo da água, o ciclo de nutrientes para o solo como fósforo e nitrogênio.
Os participantes acrescentaram aos dados do Professor Alexandre informações sobre os efeitos das mudanças climáticas em seus territórios, na caatinga, nas terras indígenas, nos rios da Amazônia, nas cidades, nos assentamentos rurais, e outros.
O Seminário Nacional segue até o próximo dia 8 de novembro e ainda tratará de temas como o Sínodo da Amazônia, os desafios que as mudanças climáticas apresentam para cada bioma brasileiro, a avaliação do trabalho do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental no ano de 2019 e as perspectivas para os próximos 3 anos.