Biomas do Piauí
Piauí tem área de 251 577,738 km e tem uma população de 3.194,718 habitantes. Os biomas que estão presentes no estado são: Cerrado. Mata dos cocais, floresta estacional semidecidual e caatinga.
No Piauí, a caatinga é o bioma predominante, representa 28,4 % da vegetação do território e envolve 63 municípios. O Estado conta com o registro de 932 espécies de animais e 20 gêneros de plantas exclusivos da caatinga. Entre eles 44 espécies de lagartos, quatro de quelônios, três de crocodilos, 47 de anfíbios. A diversidade da fauna local também pode ser conferida no número de aves, atualmente já foram registradas 348 espécies, entre elas as aves carcará, anum, jaçanã e gavião turuna entre outros. Atualmente 20 espécies estão ameaçadas de extinção, entre elas a ararinha-azul e a arara-azul-de-lear.
Mas infelizmente, assim como outros biomas brasileiros, a Caatinga vem sofrendo ameaças do globo pela exploração predatória. As principais causas da degradação ambiental na região são a caça, as queimadas e o desmatamento para retirada de lenha. O bioma é rico em espécies endêmicas podendo ser considerado um dos conjuntos de formações vegetais mais especializados do território brasileiro. O bioma Caatinga engloba de forma contínua parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.
Sobre os cerrados, outro bioma ameaçado de forma agressiva no estado, nos anos 80 quase nada se efetivou junto ao cerrado, deixando claro a impotência da sociedade local em utilizá-lo além da pecuária extensiva praticada desde o início do processo colonizador. Em meados da década, colonos vindos do sul do País se instalaram na região sul do Estado e conseguiram estabelecer uma produção regular de arroz resultante de parcerias efetivadas com o agronegócio exportador de soja da região de Balsas/MA, embora os maiores empreendimentos estivessem sujeitos a dificuldades de toda ordem gerados, principalmente, por uma crescente dívida, incapacidade produtiva e dificuldades de escoamento e comercialização da produção, o que levou, via de regra, à falência dos projetos existentes e ao abandono vergonhoso da terra, deixada nua, devastada, esgarçada.
Estamos ameaçados por todos os lados, em São Raimundo Nonato as populações da caatinga estão sendo colocadas a prova pelas empresas mineradoras, invasões de terras, pesquisas sendo feitas sem consulta, na calada da noite. No cerrados, região de Bom Jesus as grandes fazendas do agronegócio tomaram terras, ameaça de morte, sujam os rios e devastam a vegetação com apoio do governo, incentivo inclusive. Sem segurança para a população que está sendo jogada pra fora da sua terra e obrigada trabalhar nas grandes fazendas para sobreviver.
Hana Raquel Leal.