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Auto organização comunitária cria taxa para limpeza em atração turística da Floresta Amazônica

Cachoeira do Castanho com rio baixo, quando é aberta a visitação. (Foto: Gerson Neto)

O novo presidente da Associação de Moradores da Comunidade São Sebastião, que fica no Ramal da Cachoeira do Castanho, município de Iranduba/AM, no quilômetro 24 da rodovia AM 070, a 31 quilômetros de Manaus, José do Boto, junto com a sua coordenação e os barraqueiros, decidiram cobrar estacionamento dos turistas e visitantes que usam o balneário da Cachoeira do Castanho. O valor é de 5 reais para cada carro visitante. Os moradores também contribuem com o valor de 10 reais para todos os 3 meses de seca, quando a cachoeira fica aberta para visitação.

Barracas de comércio local reformadas todos os anos pelos moradores (Foto: Gerson Neto)

Em frente ao campo de futebol da comunidade está localizada a guarita com os agentes comunitários que fazem a abordagem dos veículos. A decisão de instituir essa nova lei dentro da comunidade ocorreu no dia 4 de setembro, quando a cachoeira chegou ao seu ponto de vazante. 

Casas da comunidade Cachoeira do Castanho, algumas ainda destruídas pelas águas da cheia do Rio Negro (Foto: Gerson Neto)

Essa decisão da comunidade se deu por motivo dos visitantes trazerem comida e bebida de suas cidades, evitando comprar nas barracas locais. Todos os anos, após a cheia do Rio Negro, essas barracas, o porto, as casas e toda a estrutura do local tem que ser reformados. Além disso, o mato tem que ser roçado, as folhas e galhos trazidas pelo rio tem que ser retiradas, o que gera uma despesa muito grande para a comunidade. O cuidado com a limpeza e a proteção do ambiente e da cachoeira também estão sobre a responsabilidade deles.

Marta Pessin

Multiplicanda do Processo de Formação Continuada e Multiplicadora do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental e Presidente da Associação de Mulheres e Amigos da Cachoeira do Castanho