Estamos perto do ponto de não retorno da água
Estamos perto do ponto de não retorno da água
Na atividade autogestionada Mudanças Climáticas, água e energia, realizada pelo Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social, realizada no dia 18/03 na Universidade de Brasília dentro do Fórum Alternativo Mundial da Água, o educador social Ivo Poletto traçou um panorama da situação da água no Brasil.
Segundo Ivo Poletto: Estamos perto do ponto de não retorno em relação a 3 grandes perigos: a destruição da Amazônia, a destruição dos cerrados e as mudanças climáticas.” A destruição da Amazônia pode chegar ao ponto de não reversão, nem mesmo se quisermos fazer um grande mutirão pra recuperar a floresta, porque as conduções ambientais para que a floresta existam: muita água, umidade do ar elevada, calor e a própria floresta, não existirão mais. Por isso, a floresta pode começar a morrer independentemente da ação do ser humano.
A destruição dos Cerrados também está próxima do seu ponto de não retorno porque o desmatamento e o assoreamento dos rios está levando a secas, diminuição dos caudais e destruição das nascentes. Esse processo vai acabar com as condições para que a vida se reproduza também no Cerrado, estabelecendo um processo de crescente desertificação.
As mudanças climáticas, já como um processo mundial também estão chegando ao seu ponto de não retorno, como estabeleceu a Conferência de Paris de 2015, quando criou um consenso de que se a média da temperatura subir mais de 1,5 graus o planeta terá sérios problemas e muitos sistemas ecológicos serão alterados.
A agua é a primeira a sofrer com todos esses perigos e se apresenta como um limitador no processo de expansão do sistema de vida capitalista que domina a vida da humanidade.
O Fórum das Corporações faz propaganda na tv responsabilizando os indivíduos pela falta de água. Dizem que as pessoas deixam torneiras pingando. Mas as verdadeiras responsáveis são as mesmas corporações que participam e patrocinam o Fórum privado com suas atividades de mineração, industriais, agronegócios, produção de energia suja, construção civil e muitas outras.