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A questão da água nas periferias de Fortaleza.

(prefeitura de fortaleza intervindo na Lagoa da Rosinha, em Fortaleza com o uso de retroescavadeira)

Fortaleza é uma cidade entre rios, lagoas e litoral. Nossas lagoas estão em estado de assoreamento e algumas já nem existem mais, diante da lógica dos grandes empreendimentos, como foi o caso da lagoa da Rosinha, na Serrinha (bairro de Fortaleza) que hoje está aterrada para dar lugar ao supermercado de atacado.

Temos uma situação muito séria se agravando entorno da questão da água com desafios para os movimentos e coletivos socioambientais na cidade, diante da luta contra os grandes grupos econômicos e agenciados pelo Estado.

Na visão dos governos, a água é uma questão para a lógica de desenvolvimento e para os grupos econômicos; uma oportunidade lucrativa que torna cada vez mais a água uma mercadoria a pressionar os governos para lógica da privatização.

Nossos rios vêm sendo atacados pela especulação imobiliária e pelas gestões político-administrativas que não protegem esses ecossistemas contrariando o que diz a lei. Infelizmente, acompanhamos o contrário: o Estado favorece o capital imobiliário da cidade em troca de favores e politicagem.

Nós estamos denunciando e cobrando do poder publico a fiscalização e manutenção desses espaços.

Na Serrinha, fizemos um ato para exigir da prefeitura a manutenção e revitalização dos chafarizes populares.

No Grande Jangurussu, lutamos pela revitalização da Lagoa da Pedra (Conjunto São Cristovão)  e pela barragem do Cocó (Conjunto Palmeiras).

Acreditamos que se faz necessário colocar nas agendas dos movimentos sociais e nas organizações da esquerda a luta sócio ambiental no meio urbano,  como grande desafio para a sustentabilidade e justiça social.

Nossa pauta é em defesa de comunidades tradicionais, como a luta da comunidade Casa de Farinha e Boca da Barra, no bairro Sabiaguaba, também em Fortaleza. Lutamos também pela revitalização das lagos e rios em territórios socialmente vulneráveis, como Rio Manguarapinho e  rio Cocó e pelo saneamento básico nas comunidades da periferia que não tem esse direito essencial à vida.

Contra qualquer gentrificação social e remoção de comunidades.

Pelo direito à cidade.

Coletivo sócio ambiental Jangu

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