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Seminário Nacional aponta a questão da água como preocupante

Realizado no marco dos sete anos do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social (FMCJS), o Seminário Nacional, de mesmo nome, aponta novos rumos, renova e fortalece a atuação da organização. O encontro é o ponto culminante do processo de construção da articulação política a partir da realização de seis seminários regionais promovidos em todo o Brasil. Foram duas discussões no Norte, para alcançar os dois extremos desta grande região, uma em cada uma das outras: Centro oeste, Nordeste, Sudeste e Sul. Todos os seminários tiveram como objetivo discutir as mudanças climáticas e os seus impactos sobre a vida das pessoas.

Iniciado nesta terça-feira (25), o Seminário Nacional conta com a participação de 91 representantes de todas as regiões do país e apoiadores do FMJC, totalizando 51 entidades participantes. Os números refletem uma representatividade expressiva, alcançando muito da complexidade dos problemas causados pelas mudanças climáticas em todo o Brasil. Segundo o assessor nacional do Fórum, Ivo Poletto, o objetivo é ampliar a articulação política nas regiões. “Nosso Seminário buscou identificar os desafios olhando para o futuro com o objetivo de enfrentá-los. E assim definir as prioridades de ação para o próprio Fórum”, explicou.

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Nos três dias de atividades, o Seminário trouxe reflexões críticas acerca da complexidade do tema diante dos novos desafios que a conjuntura apresenta, como a tecnologia do fracking, que extrai gás metano por meio de explosões subterrâneas, os desastres socioambientais, que se repetem ano a ano atingindo comunidades vulneráveis, as decisões governamentais em todos os níveis e os desafios mundiais apontados pela COP 21 realizada em 2015, em Paris.

Até o momento, a questão que mais se destacou nos debates do Seminário foi a da água, que pode ser adotada como uma das prioridades de ação. As preocupações são muitas e vão desde a ocorrência das secas ao derretimento das geleiras. Foram apontados ainda problemas como a ameaça de escassez de água nas cidades, a contaminação causada pela mineração, o esgoto doméstico ou irrigação para agricultura extensiva, e o aquecimento global, que pode afetar a quantidade das águas da bacia do rio Amazonas. Tais questões vão além de consequências locais, afetando todas as regiões do Brasil.

Para os participantes, um dos desafios políticos é encaminhar a interlocução com todas as esferas de governo, municípios, estados e federal. “A conquista de políticas públicas é a prioridade, mas é também um desafio dada a conjuntura política do país”, ressaltou Poletto. Para o assessor do Fórum, a interlocução com o governo deve ser mantida em todas as esferas, mas o FMCJS deve priorizar a ação local.

Nesta sexta-feira (28), o Seminário Nacional Mudanças Climáticas e Justiça Social encerra as atividades com a aprovação da carta do Seminário e definição dos próximos passos. O encontro está sendo realizado no Centro Cultural de Brasília (CCB), na capital federal.

Fórum

O Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social é uma ação conjunta de entidades e movimentos sociais e trabalha para disseminar informações, gerar consciência crítica e mobilizações da cidadania visando contribuir para o enfrentamento das causas estruturais do aquecimento global que provoca mudanças climáticas em todo o planeta.

Seminário Nacional sobre Mudanças Climáticas e Justiça Social
Data: 25 a 28 de outubro de 2016
Horário: Encerramento às 13h30.
Local: Centro Cultural de Brasília (CCB) — L2 Norte, Quadra 601.

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